Sydney Austrália
Cosmopolita e bonita por natureza. Assim é Sydney,
cidade da costa sudoeste da Austrália. E que beleza: sol o ano todo, mar
incrivelmente azul, pubs de se perder a conta, culinária do mundo
inteiro, rostos e corpos bronzeados, jeito descontraído, praias, parques
e uma infinidade de esportes praticados ao ar livre.
Quer mais? Então suba em uma Harley Davidson e
conheça casas vitorianas, galerias de arte e os cafés de Paddington, o
bairro dos artistas. Depois, percorra Darlinghurst, um mundo GLS. E que
tal Chinatown? Ou, ainda, um show de corpos esculturais da galera do surfe
em Bondi Beach? Se quiser nadar, há uma piscina olímpica de água
salgada, assim como na maioria das praias da cidade. São muitos mundos
diferentes reunidos em um só lugar. Sydney é assim, um coquetel com
tempero britânico que rende doses generosas de alto-astral.
Para os brasileiros, vale uma dica: não há como não
se identificar com a Austrália. Seja com o estilo saudável e liberal de
ser dos moradores, seja com o clima tropical. Isso sem contar que o Brasil
está na mesma latitude da Austrália.
Tem canguru? Tem. E surfe? Também. Mas Sydney tem
atrações que vão muito além dos símbolos tradicionais da Austrália.
O principal cartão-postal da cidade reflete seu estilo e sua faceta
cosmopolita: a Sydney Opera House.
Cultura e história pairam no ar da região onde
repousa a moderna Opera House. Na proximidade, o terminal marítimo de
Sydney, chamado Circular Quay (pronuncia-se key), e a parte antiga da
cidade, The Rocks, assinalam o local onde nasceu a jovem Austrália.
Passados mais de 200 anos, tudo ainda gira em torno de
Circular Quay. O lugar é palco de performances de rua e parada
obrigatória de quem caminha pela orla. Quer ver um aborígine, o
indígena que habitava o território australiano antes da chegada dos
colonizadores? Este é o lugar certo.
Se o assunto é museu, Sydney tem mais de 20, sem
contar as pequenas galerias de arte. Entre eles, não perca o New South
Wales Art Gallery, cujo acervo reúne obras australianas, asiáticas e
européias, fotografia contemporânea e a maior coleção de arte
aborígine do mundo.
Sydney, cidade com 4.200 quilômetros quadrados,
acomoda 4 milhões de habitantes em seus diversos subúrbios - ou
distritos, todos ligados ao centro por algum transporte coletivo, seja ele
trem, ônibus ou barco. O mais utilizado é o trem, com sua vasta rede
ferroviária ligando o centro a quase todos os distritos.
O Circular Quay, no centro, é o porto principal da
cidade, onde chegam e partem barcos e ferryboats para os subúrbios da
cidade. No local, existem guichês de informações turísticas e ofertas
de passeios. É possível comprar um tíquete de A$ 33 válido para
ônibus, trens e ferries, que pode ser usado por uma semana, quantas vezes
forem necessárias.
Próximo ao Circular Quay está o The Rocks, bairro
antigo da cidade, onde oficiais e presidiários de uma frota britânica
aportaram pela primeira vez naquelas terras, em 1788, com a intenção de
estabelecer um colônia penal européia, que veio a se chamar Estado da
Nova Gales do Sul. É lá que está o conhecido mercado popular, com
barraquinhas repletas de todos os tipos de artesanato produzido no país.
Próxima ao The Rocks, está a Pitt Mall Street,
principal centro comercial da cidade e onde está o The Olimpic Store, a
loja oficial da Olimpíada. Ainda na área central estão o Queen Victoria
Building e a AMP Tower. O primeiro é um dos mais charmosos prédios de
Sydney, uma espécie de palácio bizantino erguido em 1898 para ser um
mercado municipal. Hoje, é um dos ponto de compras mais chiques e
badalados da cidade. Assim como a David Jones, uma outra loja elegante da
cidade, traz o melhor da moda internacional, como Gucci e Giorgio Armani.
O AMP Tower é uma torre de 305 metros de altura, o ponto mais alto de
Sydney, de onde se tem uma vista privilegiada de 360 graus da cidade, a A$
10.
Junto com o AMP Tower, a Opera House, a maior e mais
luxuosa casa de espetáculos da cidade, e a Harbour Bridge, uma ponte de
503 metros de extensão com uma belíssima vista panorâmica, formam os
principais cartões-postais da cidade.
Situada à beira da Baía Botany, o design arrojado da
Opera House foi criado em 1957 pelo arquiteto holandês Josen Utzon. A
idéia era projetar algo que pudesse ser avistado perfeitamente do mar, do
ar e da terra. Mais do que atingir o objetivo, o edifício é um modelo
mundial da arquitetura do século 20. Além disso, trata-se de um centro
famoso de espetáculos de música, dança e teatro.
Também no centro, está o maior complexo de
entretenimento de Sydney, o Darling Harbour, inaugurado em 1988 em
comemoração à chegada dos primeiros europeus que estabeleceram-se na
Austrália. O local abriga o Sydney Aquarium, onde é possível ver
tubarões, crocodilos, arraias, corais e outras espécies nativas por um
túnel transparente, o IMAX, o cinema com a maior tela do mundo, e o Sega
World, centro indoor com atrações virtuais.
Localizada numa área cercada por hotéis, bares e
restaurantes, o Darling Harbour é uma boa opção, especialmente para os
casais. O local é sempre palco de apresentações ao ar livre. A Baía de
Sydney à noite, com seus bares, restaurantes e danceterias, fica lotada.
Prepare o bolso: a entrada de uma danceteria pode chegar a US$ 25.
Uma opção mais barata é a King Cross, famoso reduto
de prostituição, bares e casas de show. Os bares, em geral, não cobram
entrada e são bastante agradáveis. Os nativos costumas dizer que é uma
área perigosa. Mas, como em qualquer grande cidade brasileira, basta não
"facilitar". Em Paddington, na Oxford Street, ficam as lojas de
designers chiques da Austrália e os bares e danceterias gays.
Os pubs são as estrelas da badalação noturna em
Sydney: oferecem jogos de azar, bilhar e shows de música ao vivo. Cada
bairro tem o seu estilo de pub: enquanto no The Rocks predominam os
históricos e turísticos, na Oxford Street ficam os GLS. Não se perca:
muitos deles têm nome de hotel, como o Orient Hotel (histórico), o
Albury Hotel (GLS, com show de drag queens), o Lord Nelson e o Brewery
Hotel (histórico)
A placa BYO presente em alguns locais significa Brig
Your Own (Traga a Sua), ou seja, o lugar não é licenciado para vender
bebida alcóolica, mas é só "trazer a sua".
Passeios de barco - Navegar pela Baía de Sydney, de
dia ou à noite, é um programa bastante badalado. Entre os roteiros
oferecidos a partir do cais, vale a pena ir ao Zoológico Taronga, que
abriga quase 4 mil animais. Mas seja qual for o passeio marítimo
escolhido, o melhor é a sensação de chegar à cidade pelo mar,
avistando de um lado a Opera House e do outro a Sydney Harbour Bridge, o
Circular Quay e as casas coloniais. Como pano de fundo do cenário, um
conjunto de arranha-céus
São dois os parques mais procurados da cidade: o Hyde
Park e o Botanic Garden. O primeiro fica no coração do centro e é o
mais antigo de Sydney, de 1792. Nos dias de sol, as pessoas encostam em
suas árvores para descansar um pouco, mesmo que estejam apenas de
passagem. O segundo é um museu vivo de plantas australianas e
estrangeiras, reunidas nos seus 30 hectares. No verão, acontecem
espetáculos culturais com entrada franca, entre eles, óperas e montagens
de Shakespeare.
Mas para quem quer ver cangurus e coalas de perto,
além de outros animais, só mesmo no Taronga Zoo, a 12 minutos de ferry
do Circular Quay. São mais de 3 mil animais vivendo na maior
concentração da fauna australiana, com coalas, ornitorrincos, toads,
cangurus e outros. A entrada custa A$ 16 para adultos e A$ 8,50 para
crianças e jovens de até 15 anos.
As praias mais badaladas são as de Bondi, a Copacabana
australiana, e Mainly, reduto de brasileiros. É na praia de Bondi,
paraíso dos surfistas, que serão os jogos de vôlei de praia, numa arena
instalada no meio das suas areias. É possível fazer uma aula de surf de
três horas por A$ 30.
Em Mainly está localizado o maior escritório de
informações sobre o Brasil - o Information Brazil. Todas as
quartas-feiras à noite o Cerutti's Bar realizada uma festa brasileira, ao
som ao vivo de muito axé music, regado com um pouco de forró e pagode. A
casa sempre lota, tanto de brasileiros como de australianos. Na esquina da
The Corso estão alguns bares também muito na animados.
As temperaturas são agradáveis o ano todo. No
inverno, a média fica entre 9 e 16 graus; no verão, entre 18 e 26 graus,
sempre com o vento litorâneo. As estações do ano são como no Brasil:
inverno em julho e verão em janeiro.
Passada a Segunda Guerra Mundial, a Austrália abriu
fronteiras para a imigração européia. Recebeu, principalmente,
italianos, gregos, espanhóis, iugoslavos, turcos e alemães. Completando
a miscelânea étnica, nos anos 70 chegaram vietnamitas, cambodianos,
chineses e até latino-americanos.
Os imigrantes, com as receitas de seu país de origem,
revolucionaram os hábitos alimentares na Austrália. Daí se originou a
moderna cozinha australiana, que mescla ingredientes nacionais com
temperos exóticos.
Grande parte dos melhores restaurantes de Sydney é
adepta dessa culinária. Mas o que há de mais típico no país, servido
na maioria dos pubs, é o churrasco de carne: cordeiro, porco, canguru e,
para os glutões mais aventureiros, crocodilo.
Na hora de escolher o restaurante, lembre-se de que em
Sydney come-se muito bem por toda parte, do centro financeiro aos
subúrbios. Mas valem algumas dicas: refeição rápida mas com estilo,
nos cafés dos museus e no bairro de Paddington; comida chinesa, em
Chinatown; peixes e frutos do mar, na Baía Watson's e em Darling Harbour,
um complexo de restaurantes e lazer.
Para degustar a culinária australiana moderna, vá
até The Rocks, onde estão alguns dos melhores restaurantes. Os badalados
com clima de praia ficam em Bondi e Balmoral. Para jantar, é preciso sair
cedo, pois a maioria dos estabelecimentos fecha às 22h. A não ser na
boêmia Oxford Street, que tem um aglomerado de restaurantes asiáticos e
europeus, econômicos mas de qualidade. Muitos têm a placa BYO,
abreviação de Bring Your Own (traga a sua), o que significa que o
estabelecimento não é licenciado para servir bebida alcóolica. Tudo
bem, é só comprar "a sua" em uma loja da região.
A badalação noturna em Sydney fica por conta dos
pubs. Cada bairro tem seu tipo: The Rocks abriga pubs históricos e
turísticos e Oxford Street, o público GLS. Muitos deles têm nome de
hotel: Orient Hotel (histórico), Albury Hotel (GLS, com show de drag
queens) e Lord Nelson Brewery Hotel (histórico).
Os pubs oferecem jogos de azar, bilhar e shows de
música ao vivo. Na teoria, deveriam abrir das 10h às 22h, mas poucos
seguem a regra inglesa. Esses súditos de Sua Majestade encontram-se a
muitas léguas da Grã-Bretanha.